SANTA SEDE: Tim-Tim por Tim-Tim*
Sempre
gostei de mesas de bar.
Vazias, à espera de pernas para entrelaçar entre as suas;
mesas cheias, confusão, bebida derramando num gesto inesperado de alegria -
gargalhadas.
Mesa para dois no cantinho escuro; para quatro ou mesa para três
(o voto de Minerva): “só mais uma, a saideira”!
Ou a mesa para um, com copo suado de tanto
esperar, manchando com lágrimas a madeira. Mas mesa de bar para escrever, só em
tempos de Sabino, Rubem Braga.
Então chegou a Santa Sede e a mesa, ou melhor,
as mesas, discutiram, criticaram, noticiaram. Foram o palco de vidas sonhadas,
vividas, sofridas e desejadas. Sempre sujeitas aos humores, aos incômodos, aos
sabores ali depositados.
Testemunhas da sede de um grupo unido por um mestre
que distribuiu as cadeiras de forma que esta mesa em especial fizesse história! Salve Rubem!
*Tim-tim por tim-tim, além de ser o som
dos copos brindando, mostra detalhes velados da produção do SANTA SEDE -
Crônicas de Botequim - Safra 2012. Oficina de crônicas coordenada por Rubem
Penz.
Comentários
Postar um comentário